26 de fev. de 2008

Vida

Escrito originalmente em um sábado à tarde, em um dos meus refúgios:

Linha de pensamento I
Já não é a primeira vez que venho até aqui, uma vez mais, para divagar por sobre meus próprios pensamentos.

Essa vida em que me encontro, e a de tantas outras pessoas, segue como uma grande incógnita sobre o que devemos fazer.

Alguns ainda tentam negar que estão vivos. Minto. São muitos... São muitos, que poderiam fazer muitas coisas, mas negam-se a própria vida por acreditar que há algo maior e melhor por vir.

Ora, que haja! Ainda que haja algo realmente melhor depois, de que importa? Há muito o que fazer aqui embaixo ainda...

Linha de pensamento II
São raros os casais de longa idade que vejo serem realmente felizes juntos, e que aproveitam diversos instantes juntos, os mais tolos, mas que se tornam tão importantes... depois!

Minha singela (?) opnião é sempre duvidosa... Se até simples formigas (não nego que por vezes irritantes também), me trazem um pouco de alegria, que dizer então de alguns minutos escutando pássaros cantarem, o vento nas árvores e um som bem leve de mar ao fundo? Para se tornar um momento perfeito falta-se pouco. Mas não vem ao caso agora.

Linha de pensamento III
A felicidade pode vir de várias maneiras. Mas são poucas as maneiras que são realmente fortes de encanto e de felicidade pura.

Oras, se tentardes buscar a felicidade em outrem, nunca será feliz. Porque são pesquenas coisas, dentro de si mesmo, que fazem a felicidade vir à tona. Talvez uma das mais importantes seja valorizar-se, ainda que a única pessoa que faça isso seja você mesmo.

Outros dizem, inclusive eu dizia, que só seriam felizes com o verdadeiro amor. Bom, vejo tantos "amores verdadeiros" por aí que estes devem estar em promoção. Hoje em dia você é capaz de encontrar pelo menos uns cinco "amores verdadeiros" em uma só noite.

O problema é quando o amor verdadeiro de verdade aparece. Não se dá valor. Talvez por ser muito difícil de se reconhecer um.

Já virou salada minhas linhas de pensamento
Penso que o amor verdadeiro seja mais ou menos assim:

"Parecia ser só mais uma pessoa em meio a tantas outras. 'Ora, foi só um telefonema, como tantos outros.' Poderia ser só mais um telefonema. Poderia ser só mais um olhar perdido na multidão. Mas não era. No momento que os olhos se cruzaram, e as vozes se encontraram, em um breve instante se passou o filme de uma vida inteira. Havia muito o que acontecer."

Mas aos românticos de plantão, tenho uma má notícia. Não é bem assim que as coisas costumam acontecer. Talvez não porque o "amor verdadeiro" não era de verdade. Mas sim, talvez, porque a outra pessoa envolvida no caso nega que tem uma vida, alegando que há algo maior e melhor.

Como já disse, pode até ser que haja algo mesmo. Sinceramente? Eu não ligo. Não mais. Mas a maior sacada de estarmos vivos é apenas de que nunca saberemos o que há, ou o que haveria de acontecer.

Conclusão(?)
Uma dúvida não pretendo ter. Não pretendo me perguntar o que seria de determinado momento: "E se eu estivesse sorrindo?". É fácil. É só sempre sorrir.

Uma vez mais, vou-me.

Ainda há muito o que sorrir por hoje.

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