8 de fev. de 2008

Histórias e justiça

Os almoços de sexta feira são sempre produtivos.

Eis que estava almoçando com um companheiro do trabalho (e de aventuras), e ao som ao vivo de diversos autores, em um belo cover, nos vimos embrenhados em uma interessante conversa.

Às vezes alguns tem uma percepção um pouco mais apurada sobre algumas coisas. E esse meu amigo simplesmente teve a sensação de que cada um de nós está ligado a algo simplesmente superior, intangível, digamos assim.

E exatamente nesse ponto, começam-se as discussões filosóficas-religiosas em cima das crenças que temos.

Independente da crença, com raríssimas exceções, cada uma delas busca o --Ser-Supremo-de-Nome-Singular-da-Crença--. Enquanto alguns orientais buscam a elevação espiritual, outros ocidentais simplesmente buscam ir ao --Lugar-Singular-que-Representa-Tudo-de-Bom-daquela-Crença--. Estranho. É como se quase todas as crenças se propusessem ir ao mesmo lugar, só mudando-se o nome...

Eu particularmente acredito em destino, mas também acredito que podemos mudá-lo se bem entendermos. E aqui o buraco começa a ficar um pouco mais fundo... Me aterei às crenças ocidentais por serem de meu maior conhecimento, mas acredito que quase todas as outras teremos o mesmo problema...

Enquanto católicos dizem existir o livre-arbítrio (ainda que nem todos concordem - desavenças dentro da própria crença), assim como os espíritas, já os evangélicos (há tantos... não sei se são todos), acreditam que Deus já pré-definiu tudo. Mas... se Deus já pré-definiu quem irá fazer o que na vida, creio não haver propósito para a nossa existência. E outra, como seria Deus, Ser Supremo, perfeito, ser capaz de criar alguém propenso ao mal? Haverá alguém de dizer: "foi obra do Demônio"... então o Demônio é mais poderoso que Deus? Ou ainda, ouso dizer o que já ouvi dizerem, seria o Demônio o "lado negro" de Deus?

Ora, sendo Deus, este é perfeito. E entendemos a perfeição como sendo aquilo que julgamos ser totalmente bom. Epa, mas agora temos um problema... Como somos capazes (e ousados) de julgar a perfeição de Deus em cima de critérios (tolos e limitados) que conhecemos?

É, a história se complica... e aí começam todas as divagações em cima do que os homens dizem ser e do que Deus realmente é. Por mim, não me importo muito, pois simplesmente O sinto. Seja o que for.

Quando a via cruci se completar, eu me entendo com Ele... aliás, não sei quanto a você, mas, para mim, Deus é um amigo. Um grande amigo, por sinal.

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